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Negociar: Atenção,
Interesse, desejo e ação
(Complicado saber que não nos vemos vendo.....).
A
negociação acontece desde a primeira fala quando manifestamos os motivos que
expõe e impulsionam nossas
buscas,onde seu desenvolvimento passa a ocorrer ou não, dependendo de como é
feita essa exposição a um grupo,dependerá também a interação do olhar do outro no acolhimento. Afinal
“ninguém educa ninguém , as pessoas se educam umas através das outras” (Paulo Freire).
Em uma interação
“presencial”, falar e ouvir (a voz humana) são instrumentos facilitadores de
uma percepção que fortalece o olhar clínico, aquele onde se desencadeia o estar
mais atento aos detalhes da intenção, implícita em gestos peculiares...[...]”é
mais uma sensação atrás de um pensamento”(Clarice Lispector).
Quanto a uma interação por
meio “virtual” o ler e escrever simultaneamente, é uma interação desafiada pelo
fator tempo (lógica dos neologismos virtuais) que passa a ser um “dificultador”
(?) ao abordarmos a intenção,
considerando-se que o objetivo é manter o significado vínculo-norteador que
alimenta a construção do texto coletivo.
O coletivo no individual e/ou o individual no
coletivo?
Mesmo que a “intencionalidade
coletiva seja uma conexão de sentidos que supera a motivação”, vale a pena
ressaltar que são os estímulos externos os movimentos provocadores do
despertar dos desejos internos; por
exemplo: na relatoria escrita de uma aula, o relator “ouvinte”, não possui ele
um filtro individual por onde o fluxo de informações passam de maneira a
organizar-se segundo a estrutura de pensamento dele, relator “ouvinte”? Como
esse ordenador de ideias deixará seu fluir,competências e habilidades,
consciente a tal ponto de não ocasionar uma alteração de sentido/intenção?
Nesse contexto a experiência contesta a razão?
Pressupondo alterações em uma
relatoria, lembrando de que uma alteração pode ser identificada por detalhes; a ordem de apresentação dos
participantes,a distância entre os nomes apresentados, reconhecimento de
interferências, positivas ou não; ou mesmo na não citação de determinadas
falas, por questões até de tempo, ao escrever o que se acaba de ouvir, pode interromper o
processo do estar acompanhando o que se é dito no “agora”,considera-se o tempo
biológico diferente do tempo cronológico;
interação do interno e externo.Nesses indicadores não podemos caracterizar uma
maior “presença” individual no “virtual” do que o “virtual” que justifica a
“presença” de um coletivo?
No momento histórico de
transição da democracia representativa para uma democracia participativa, como
manter em relação ao outro, segurança e
liberdade?
Os desejos que antecedem as
ações pedem limites, cujo papel é
educar interesses individuais nas articulações coletivas, abordando-se a
questão da justiça, que coloca antes a questão do juiz.
Pensando no Ego-Centrado-
isso pode, isso não pode , isso é bom,
isso não é tão bom(pra não dizer é ruim)...o EU está sempre presente nessa
virtualidade de intenções.Ao se determinar o
ser ou não ser de inclusões , esse “eu”, não deixa claro que as seleções,
atenções dirigidas, são pelos interesses
pessoais ou pela proposta coletiva.
Já sabendo: “ o que é justo
para um pode não ser justo para o outro”, podemos concluir que não há atitudes
justas , o que há são atitudes que se
ajustam... “o alinhamento em torno de ‘nós’(pronome e substantivo)”.
Giselma Xavier
Coordenadora Pedagógica